Bree Davies, do portal West Word, fez uma review sobre o show do Paramore que aconteceu ontem em Denver – Colorado, que contou com a presença de uma “mini fã” durante Ain’t It Fun. Em um texto que transmite muita emoção, você pode ter uma ideia de como foi esta incrível performance. Leia a tradução completa e em primeira mão:

Fotos por Aaron Tackeray.

Além desta review, a Billboard também se manifestou a respeito, e você pode ler o trecho ao fim desta matéria.

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Verões são feitos de turnês de grandes bandas de renome, ingressos vendidos aos pares à audiência para completar os lugares vazios, combinando bases distintas de fãs. Estas turnês também são geralmente feitas de caras antigos do rock. (Por exemplo, veja o pacote do circuito de turnês do verão 2014: Rod Stewart/Santana, Steve Miller/Journey, The Offspring/Bad Religion/Pennywise, e por aí vai, para citar alguns).

Noite passada no Red Rocks, o grande nome do pacote de turnês não era tão velho, nem mesmo composto por apenas homens – foi o Paramore e o Fall Out Boy, bandas que trouxeram fãs igualmente fervorosos para um show incrível. Embora eu não ache que nenhuma das bandas teria problema em lotar o anfiteatro por si só, senti mais como se fosse um presente para fãs de ambos os grupos poder vê-los juntos, ao vivo.

O New Politics abriu o show bravamente, mas a banda não foi suficiente. A colocação deles fez sentido – New Politics tem a mesma vibe de sons que o Paramore e o Fall Out Boy tinham quando começaram a fazer fama. Mas mesmo com todos esses refrões comercialmente cativantes, músicas como “Just Like Me” e “Harlem” eram praticamente indistinguíveis.

O único momento definido veio quando o guitarrista Soren Hansen pegou um ukulelê – mas até mesmo isso fez com que a banda soasse comercial. O vocalista David Boyd foi, pelo menos, saltitante e divertido de se ver no palco, trazendo sua coreografia de boy-band que misturava um pouco de breakdancing enquanto ele mais falava com a audiência do que cantava.

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O set do New Politics felizmente terminou rapidamente, e o Paramore subiu ao palco às 20h em ponto, no momento em que o sol estava se pondo. Não há dúvida de que Hayley Williams é a estrela dessa banda – sim, ela é a vocalista. Sim, ela é a única mulher no palco. Sim, ela veste a melhor roupa para performar que eu já vi em alguém que cria seu próprio estilo não-customizado de estrela do pop desde Gwen Stefani. Mas ela também tem um inegável fogo, que ela pôs pra fora durante cerca de uma hora.

Pulando por todo o palco com seu traje neon e preto – uma provavelmente não-intencional homenagem ao grupo Fly Girl, dos anos 90, completo por joelheiras – Williams começou com “Still Into You”. No momento certo, ela ergueu o punho no ar e a grande tela de LED atrás dela se tornou rosa pink, conforme a batida. Uma canção mais antiga, “That’s What You Get”, veio na sequência, embalando a todos com a mesma energia que as músicas mais recentes da banda.

Williams compartilhou que a banda estava celebrando seu aniversário de dez anos, o que parecia impossível, considerando o quão jovens são seus membros – mas a evolução deles prova que o tempo passou, com cada uma das fases do Paramore parecendo melhores que as anteriores. Williams falou abertamente sobre essa evolução, agradecendo aos fãs por permanecerem por perto mesmo quando os próprios membros estavam inseguros sobre o que o futuro os reservava.

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Enquanto algumas bandas reservam explosões e serpentinas para um grande final, o Paramore deixou tudo distribuído neste set de uma hora, lançando papéis brilhantes e fitas a cada poucas músicas. Isso manteve a já enérgica multidão gritando por mais, Williams agindo como quem incita seu próprio motim composto de diversão, pulando e chutando no ar com músicas como “Ignorance” e “Decode”. A energia maníaca dela se conecta e inspira os fãs da banda de forma clara, e ser capaz de vê-la em ação enquanto canta, sorri, acena e para para falar com o anfiteatro repleto de centenas de pessoas não era apenas crível, mas sim cativante.

A banda diminui um pouco o ritmo em “Last Hope”, que Williams dedicou a Robin Williams. Mas o sentimento solene logo se dissipou e “Brick By Boring Brick” e “Misery Business” adentraram a noite, a audiência cantou com muita paixão junto à vocalista. Em um momento final já no término do set, Williams estava no chão como que em pose infantil, sua imagem leve quase desaparecendo no palco grande e escuro.

Também abaixo, você pode ler o comentário que a Billboard fez sobre a homenagem do Paramore a Robin Williams:

Hayley Williams fala sobre depressão aos fãs no show em Denver

Antes de cantar “Last Hope”, a vocalista Hayley Williams fez um discurso sobre pertencer. “Eu percebi o quão triste nós estávamos, e por estarmos nesse lugar onde não estávamos mais contentes, não nos sentíamos preenchidos”, ela disse sobre a gravação do álbum auto-intitulado, que saiu ano passado. “Foi muito assustador, bem depressivo. E então essa música surgiu, e uma espécie de luz veio com ela, foi incrível quando eu percebi que era parte de algo – nós, os três de nós, somos parte de algo… Você é parte de algo. Por favor, saiba disso. Essa música vai para Robin Williams.”

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