Recentemente, a Forbes publicou uma matéria especulando sobre um possível retorno da icônica Warped Tour, sugerindo o Paramore entre os favoritos para assumir o posto de headliner no festival. A Warped Tour, que marcou uma geração de fãs de punk e rock alternativo, parece estar mirando agora em artistas que fizeram história em suas edições passadas.
Na matéria, a revista afirma que o festival deve se concentrar em reviver sua “era de ouro”, e o Paramore é citado como uma das principais apostas dos organizadores para liderar o palco principal, visto que a banda tocou na Warped Tour seis vezes ao longo de sua trajetória (2005, 2006, 2007, 2008, 2009 e 2011). Confira o trecho da reportagem:
“Particularmente na escolha de seus artistas principais, o Warped Tour provavelmente irá maximizar a ‘era de ouro’ de seus anos anteriores. Isso significa escolher artistas que se destacaram após tocarem no Warped Tour e que, desde então, se tornaram extremamente bem-sucedidos por conta própria. Blink-182 e Paramore são dois artistas que vêm imediatamente à mente, já que ambos tocaram no Warped Tour seis vezes ao longo de suas carreiras e, consequentemente, estão amplamente associados ao festival e aos seus melhores anos. Ambas as bandas também estão mais populares do que nunca, com o Paramore tendo acabado de concluir sua enorme turnê de apoio para Taylor Swift, e o Blink-182 continuando sua reunião com Tom Delonge.”
Apesar do retorno à Warped ser colocado em jogo por grandes veículos de comunicação, quando foram chamados para o festival When We Were Young e começaram a ser incluídos no retorno do movimento emo, o Paramore revelou para a Billboard que precisou lidar com sentimentos conflitantes, incluindo raiva – o que pode causar relutância na banda em aceitar convites para festivais ‘emo’ ou nostálgicos:
“Tem toda essa merda acontecendo no TikTok com nossas músicas e jovens artistas que estão meio que reivindicando [cultura emo e pop-punk], e há esse ressurgimento de emo ou o que quer que seja – o que também é outra conversa estranha porque nós nunca sentimos que nos encaixamos em qualquer lugar ”, diz Williams. “Mas então essa coisa estava acontecendo e nós fazíamos parte do pacote.
“De repente, eles queriam que nós fizéssemos parte da cena,” diz Farro.
“Sim,” diz Williams, “de repente, eles queriam nos tratar como uma conquista. Todo mundo está apenas tentando se lembrar de dias melhores, e eu fico sentado pensando: ‘Eles não eram muito melhores’”, diz Williams. Ela articulou esses pensamentos durante o set do When We Were Young, dizendo à multidão que a cena nem sempre foi um lugar seguro “se você fosse diferente, se você fosse uma mulher jovem, se você fosse uma pessoa de cor, se você fosse gay. E é realmente fodido se você pensar sobre isso porque este deveria ser o lugar seguro, não é?”
“Não queremos ser uma banda nostálgica”, diz Williams hoje, refletindo sobre esse discurso. “Mas acho que o que senti foi um misto de vingança e também muita raiva. Fiquei realmente surpresa por ter tanta raiva crescendo em mim, porque pensei: ‘Espere um minuto. Eles estão nos tratando como um prêmio agora’, mas tipo, Fat Mike [do NOFX] costumava dizer às pessoas que eu estava dando beijo grego no palco quando tinha 19 anos. Eu não acho que isso seja punk. Não acho que essa seja a essência do punk. E sinto fortemente que, sem mulheres jovens, pessoas de cor e também a comunidade queer, acho que ainda estaríamos onde estávamos antes. Parecia uma justificativa poder ter o microfone e ser uma das últimas bandas a tocar”, continua ela. “Nós saímos com o My Chem alguns minutos antes de tocarmos no último fim de semana, e acho que eles se sentem da mesma forma. E o que acontece é que os fãs são os únicos com o poder porque, caso contrário, nós e My Chem não estaríamos liderando isso. E isso eu acho lindo.”
“É como se as pessoas nos vissem como O Diário da Princesa,” explica Farro. “Eles não viam nossa beleza antes, mas aí tiramos os óculos.”
Também em uma entrevista dada por Zac Farro para a Vice em 2018, o baterista falou sobre ter uma relação “de amor e ódio” com a Warped Tour:
O show foi muito legal, mas o festival em si lembrava a Warped Tour. Esse cenário no qual nós costumávamos tocar com o Paramore… eu tenho essa relação de amor e ódio com isso. Eu vi muitas das pessoas antigas por lá – não estou falando de forma ruim – mas eu sinto que, depois de ter deixado a banda e voltado… ainda é a mesma banda, mas parece que já se passou uma vida desde então. É uma memória do passado.
E aí, acham que o Paramore aceitaria o convite? Gostariam de ver a banda de volta aos palcos onde começaram? Conta pra gente nos comentários!
Paramore Brasil
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