O site Heraldextra fez uma entrevista com Hayley Williams no último dia o8, por teleconferência. Nela, Hayley fala sobre o álbum auto-intitulado, como foram os dias depois da saída dos irmãos Farro, superação e muito mais. Confira:

A vida no Paramore não poderia ser muito melhor do que é agora.

O grupo acabou de começar uma turnê co-liderada com Fall Out Boy no verão – que incluiu show quarta-feira em Orem na Utah Valley University’s – UCCU Center.

Enquanto isso, o grupo – que já teve um álbum de platina, (“RIOT!” de 2007) e um disco de ouro (“BrandNewEyes” de 2009) – está vendo o seu mais recente single”Ain’t It Fun”, tornar-se o seu maior até o momento. A música, que é do álbum auto-intitulado do grupo, foi Top 10 na “Billbord Magazine All-Genre 100 Chart” e superou tanto as canções da “Hot Rock” quanto a parada “Adult Top 40”. O single anterior, “Still Into You”, foi Top 10 no “Mainstream Top 40” e “Hot Rock Songs Chart”.

“É uma loucura estar em um ponto em que temos dois singles que tiveram bom desempenho em um álbum, todo mundo parece estar muito animado com o que está acontecendo com o Paramore, o que nos faz sentir incríveis”, disse a vocalista do Paramore, Hayley Williams, no início de Junho, em uma entrevista por teleconferência.

O sucesso do álbum auto-intitulado (que liderou as paradas de álbuns da Billboard após seu lançamento em abril de 2013) é motivo mais do que suficiente para aproveitar esse momento. Mas os sentimentos de Williams são ainda mais compreensíveis, considerando os eventos que precederam o álbum.

Em dezembro de 2010, o guitarrista Josh Farro e seu irmão, o baterista ZacFarro, saíram da banda, deixando o futuro do grupo em questão. Enquanto o trio remanescente composto por Williams, o guitarrista Taylor York, e o baixista Jeremy Davis rapidamente deixou claro que o Paramore iria continuar, Josh Farro tinha sido o principal colaborador de composições com Williams.

Claramente, havia um vazio a preencher no motor criativo da banda, e o trio restante iria ter que encontrar uma maneira de se reinventar como uma banda.

Não foi um processo fácil, apesar de Williams, York e Davis estarem, obviamente, determinados a mostrar que o novo Paramore poderia ser tão viável como a edição original.

“Foi definitivamente um processo demorado para nós, uma vez que estávamos com menos dois membros da banda”, disse Williams. “Não só tivemos que passar por uma espécie de transformação emocional, sofrimento e todo esse tipo de coisas, e um pouco de raiva e confusão, todas essas emoções malucas que iam e vinham, por algum período, fomos ao mesmo tempo, percebendo que ainda queríamos fazer música e não mudar a maneira como nos sentíamos sobre o Paramore. Por si só, antes mesmo, chegamos a escrever música, o que gastou um tempo. E isso nos levou a fazer bastante esforço para nos conhecermos novamente, como pessoas. Então, Jeremy, Taylor e eu saíamos, geralmente para a casa do Jeremy, porque ele vive fora do país. E basicamente, o que fazíamos era assistir uma tonelada de filmes ou cozinhar algo. Lembro de um dia que teve uma tempestade de neve louca, e os amigos do Jeremy construíram um trenó de sofá, então passamos o dia todo escorregando por uma enorme colina, foi louco. Foi importante isso acontecer antes de entrarmos em um estúdio.”

Junto do vínculo de amigos, o trio também decidiu fazer algumas turnês (com os guitarristas Jon Howard e Justin York, e o baterista Josh Freese preenchendo o lineup) antes de curvar-se para escrever o material para o que se tornou o álbum auto-intitulado. As músicas começaram a surgir.

“Eu lembro de ter ido para a casa de Taylor, ele tem um pequeno estúdio no lá, algumas vezes em que simplesmente não havia eletricidade”, disse Williams. “Não havia, tipo, ‘Entendemos, é isso, estamos nos conectando’. Tinha tempos em que Taylor e eu estávamos realmente desencorajados. Então aconteceu. Uma vez que a primeira canção saiu – Eu acho que a primeira música que terminamos foi “Proof”, (que foi para o CD), a faísca que precisávamos. E elas continuaram, ‘LastHope’ e depois ‘GrowUp’, em seguida, ‘PartTwo’. Foi muito importante para nós encorajarmos uns aos outros e sentir o que sentimos há 10 anos atrás, quando começamos a fazer música. Assim, todo o processo de compor o álbum e gravação foi real e tão somente um processo de descoberta”.

Escrevendo para o álbum auto-intitulado, a banda tomou a decisão de não se deixar ser definida pela música pop-punk de seus CDs anteriores ou quaisquer expectativas de como o “Paramore” deveria soar.

“Nós não nos propusemos a fazer um estilo específico de álbum”, disse Williams. “Não tivemos um conceito em mente. Foi apenas, ‘vamos ser qualquer coisa que quisermos. Como quer que seja que essa canção saia, se nós a amamos, então quem vai nos dizer que não podemos gravá-la ou que ela não se encaixa? Nós fazemos as regras desta vez’. Foi uma sensação libertadora.”

O tipo de música que surgiu no “Paramore” ainda inclui algumas canções como “Fast In My Car”, “Still IntoYou” e “Anklebiters”, que se encaixam no som punk dos álbuns anteriores. Mas o grupo tem progredido musicalmente. “Ain’t It Fun” pode ser o melhor exemplo da disposição do grupo em explorar novos territórios. O som pesado, mais “rock”, tem uma grande parte de funk em sua melodia envolvente. Mas há também um lado mais pop, que surge com “Daydreaming” e “GrowUp”, e uma qualidade melancólica para “LastHope”.

“Acho que nos redefinimos no sentido de que não há tanto… qual é a palavra?!, não nos delimitamos tanto”, disse Williams. “Nós partimos através de qualquer sentimento que estava lá antes e nós meio que descobrimos que não temos que ser ou ter que satisfazer as expectativas de ninguém. Nós sempre temos que ser bons e temos sempre que ser melhores do que erámos da última vez. Mas Paramore é Jeremy, Taylor e Hayley. Então, é tudo o que somos nesse momento.

“Ano que vem, se lançarmos um álbum ou fizermos um álbum só com músicas pop ou músicas pesadas ou funk, como ‘Ain’t It Fun’, eu acho que não há mais qualquer regra”, disse ela . “E antes desse álbum, nós sempre nos colocávamos em uma caixa e sempre tivemos de viver qualquer expectativa que nós sentíamos que importavam. Então, sim, mais uma vez que foi muito libertador. ”

O ciclo de turnê do álbum auto-intitulado continua agora com a turnê conjunta ao lado de Fall Out Boy. Fã e amiga do Fall Out Boy, Williams está animada com a turnê – e, possivelmente, algumas colaborações no palco. Mas a escolha de um setlist para o show do Paramore provou ser um desafio.

“É uma loucura quando você entra em um lugar onde você está tendo que ajustar tantas músicas em uma determinada quantidade de minutos, e você está pensando, ‘Como é que vamos tocar, antes de tudo, todos os singles, (e) como vamos tocar todas as músicas que agradam a todos os nossos fãs?”, disse ela. “Estou realmente animada sobre o que aconteceu, no entanto. E eu sinto que isso vai ser muito excitante e eu acho que vai ser realmente emocionante para qualquer tipo de fãs do Paramore que poderão estar no show. Sinto que faremos todos eles felizes, pelo menos é o que espero.”

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