Tendo sido recentemente nomeado ao GRAMMY Awards 2015, o Radio.com resolveu falar sobre o hit de sucesso mundial do Paramore, Ain’t It Fun.
A banda foi indicada na categoria ‘Best Rock Song‘ com a sarcástica canção que indaga aos ouvintes se “viver no mundo real não seria divertido quando você está sozinho”, portanto, nada mais justo do que termos um texto recheado de informações e curiosidades sobre a canção que revolucionou a carreira do Paramore e causou estardalhaço nos charts do mundo todo, certo?
Leia a matéria completa:
Hayley Williams escreveu “Ain’t It Fun” do Paramore como uma maneira sarcástica de dizer a si mesma que já era hora de crescer. Isso acabou sendo um símbolo de não apenas sua própria maturidade, bem como de sua banda, rendendo a eles sua quarta nomeação ao GRAMMY.
É uma grande realização para Williams e seus dois colegas de banda, — o baixista Jeremy Davis e o guitarrista Taylor York — que há apenas alguns anos atrás estavam contemplando se algum dia voltariam a gravar novamente.
Em 2010, os membros originais, Zac e Josh Farro, deixaram a banda, com Josh alegando que eles se obrigaram a sair porque o Paramore era “um produto manufaturado de uma gravadora”. Ele acusou Williams de ser manipulado por sua gestão e afirmou que ela os estava tratando como se fossem uma banda de apoio, dizendo que o resto da banda estava apenas “andando na aba de seu sonho”.
Essa guerra de palavras logo se tornou a narrativa da banda, e deixou Williams, Davis e York imaginando como seguir em frente. Parte deste processo foi emocional. Parte dele foi mais literal — Williams e seus colegas de banda se mudaram de sua terra-natal, no Tennessee, para Los Angeles, para que pudessem trabalhar no álbum que daria sequência ao Brand New Eyes, de 2009.
“Toda a ideia por trás de nosso novo álbum era de que estávamos ganhando uma segunda chance para recomeçarmos”, disse ela à Radio.com em 2013, “para realmente redescobrirmos o que queríamos ser e que já éramos”. A real mensagem era “Você não tem de desistir, só porque as forças não estão ao seu favor”.
O álbum autointitulado de 2013 da banda soa como um renascimento musical. Williams canta sobre o processo de crescer, se apaixonar, e não menos o de ser uma ‘crazy girl’, tudo isso enquanto expandia o som pop-punk do Paramore para incluir um pouco de soul, um pouco rock mais voltado ao blues, e muito ukulelê. Mas sair de sua zona de conforto não foi fácil.
“Foi a primeira vez que passei tanto tempo longe de casa, longe da família e de meus amigos próximos”, explicou Williams. “Quando você sai de sua bolha, você percebe o quão grande o mundo é e que você praticamente tem de se defender por si mesmo.”
Foi essa realização que ajudou Williams e escrever “Ain’t It Fun”, o quarto single do quarto álbum da banda, que os rendeu uma nomeação ao GRAMMY na categoria ‘Best Rock Song’. Williams diz que foi Davis que começou a trabalhar nesta música inicialmente, canção essa que foi inspirada na banda britânica Dutch Uncles, que acabou por remixar a faixa, mais tarde. Davis começou a trabalhar nessa canção em um hotel em Los Angeles, criando um estúdio improvisado, usando garrafas d’água Fiji como auto-falantes. Foi algo super ‘gueto’, disse Williams rindo, explicando que ela estava indo o encontrar para jantar, mas acabou por pular a refeição para que pudessem terminar a música.
Nesta [canção] Williams fala sobre a transição da infância para a vida adulta. “Don’t go crying to your mama/Cause you’re on your own” (Não vá chorar para sua mãe/Pois você está sozinho). Ainda insultando a si mesma com o sarcástico refrão: “Ain’t it fun/Livign in the real world?” (Não é divertido/Viver no mundo real?).
“A letra foi minha maneira sarcástica de perceber que você não pode ser o rei da montanha todo o tempo”, disse ela. “Foi um bom exercício para mim, como ser humano — como uma pessoa de 23 anos de idade na época — entender que a vida é muito maior que sua própria perspectiva. “Foi uma música muito divertida de se gravar”, ela adicionou, “mas também foi meio que um aviso a mim mesma”.
Em uma retrospectiva, Williams diz que a canção foi exatamente o que ela precisava para despertar seu lado ‘funk’. “Eu me senti como se estivesse ‘chutando e gritando’ por mim mesma. Mas é engraçado, pois eu precisava daquilo”, disse ela. “Eu precisava de uma mudança de perspectiva para saber que eu poderia fazer várias coisas sozinha”.
A música, que atingiu o Top 10 da Billboard Hot 100, também fez com que Williams revisitasse suas raízes do gospel. Williams e Davis inicialmente começaram tocando juntos em uma banda estilo anos 70 de R&B onde eles abordavam músicas de Chaka Khan e Stevie Wonder.
“Eu cresci com o gospel, eu amo gospel e acho que nunca pensei que isso iria se misturar de fato com qualquer coisa que o Paramore pudesse fazer um dia”, diz ela. “Mas felizmente neste álbum, nós estávamos com a mente muito mais aberta”.
Três meses depois de gravar a versão original de “Ain’t It Fun”, Paramore voltou ao estúdio com um coral gospel de seis pessoas a tiracolo.
“Eles colocaram muita alma e sentimento no que fizeram, o que torna isso real e cru”, Williams disse. “Eu na verdade chorei umas três vezes só de ouvir essas pessoas cantarem nossa canção. Foi demais”.
Paramore estará concorrendo contra Jack White, The Black Keys, Beck e Ryan Adams na categoria ‘Best Rock Song’, no 57º GRAMMY anual, que vai ao ar no dia 8 de Fevereiro, domingo, às 20h (horário local), na CBS. Mais informações aqui.
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E é por isso que eu amo esse trio. Hayley, como sempre, fazendo a diferença!!!!! ( Amo todos, mas vamos combinar que a Hayley que dá um toque especial na banda, né?!”
Tem como não ficar orgulho dessas criaturas? Não, não tem!
Adoro saber as
histórias das músicas, muito legal esse post!