Por Hayley Williams e Taylor York / GRAMMY.com(O “Making Of” dos vencedores do Grammy… série apresenta em primeira mão os relatos do processo criativo por trás de algumas das maiores gravações do mundo da música. A série traz os detalhes e entra a fundo nas canções vencedoras do 57º GRAMMY Awards.)
(Assim como dito a Chuck Crisafulli)
Taylor York: Essa música foi uma completa surpresa. Eu tive várias ideias que segundo o que eu pensei, soavam como aquilo que supostamente deveríamos escrever — grandes riffs de guitarra que se encaixariam com nossos álbuns anteriores. Conforme eu tocava cada ideia para Hayley, ela dizia: “Sim, isso é legal, mas o que mais você tem?” Então passei por todas as ideias que eu tinha até que cheguei na última delas — uma que eu não planejava mostrar a ela por pensei que ela iria odiar. Mas era tudo o que me restava. Ela ficou animada com isso e desde então a música acabou se criando orgânica e naturalmente. Tudo veio junto em um som e estilo que nós nunca havíamos realmente explorado. O fato de que “Ain’t It Fun” surgiu tão facilmente e funcionou tão bem foi o real ponto de virada em nosso processo criativo para escrever todo o álbum, e nos ajudou a nos apaixonarmos pelos processos de escrita e gravação em um novo nível. A música era algo com o qual eu me sentia conectado, mas não achei que soasse como o Paramore. Acabamos descobrindo que qualquer coisa com a qual nos sentimos conectados é, absolutamente, Paramore.
Hayley Williams: Me lembro de ir até o quarto de hotel onde Taylor estava em um dos primeiros dias após termos nos mudado para L.A. para fazermos nosso próximo álbum. Ele tocou aquela parte que soa como marimba várias vezes. Achei que era tão legal — imediatamente voltei ao meu quarto pegar canetas e um bloco de notas. Quando cheguei lá, eu já tinha uma melodia, e quando cheguei no quarto de Taylor novamente, já tinha as primeiras linhas da letra.
Começamos a fazer demos das partes vocais no quarto de Taylor e quando chegamos a parte da ‘ponte’ sentimos que precisávamos nos segurar em uma nota-raiz e deixar a tensão se construir com um monte de vozes. Taylor e eu modificamos nossas vozes cerca de 10 vezes e soava inacreditável — mas não de uma boa maneira. Nós decidimos que realmente precisávamos de bons cantores para entrar e fazer tudo corretamente. Alguns meses depois, nós estávamos gravando no Sunset Sound e um coral gospel local veio até nós e na segunda vez que praticamos já estava perfeito. Me enchi de lágrimas porque amo música gospel desde sempre, e ouvir um coral cantar nossas partes — com tanta harmonia — senti-me insana por estar numa banda que pôde ter esse tipo de momento incrível como parte de nossa música. De repente, nos sentimos grandes, como se realmente tivéssemos conseguido. Sim, temos um coral gospel em nosso álbum. Isso realmente está acontecendo.
(No 57º GRAMMY Awards, Hayley Williams e Taylor York do Paramore ganharam na categoria ‘Best Rock Song’ com “Ain’t It Fun”, marcando a primeira vitória de um GRAMMY na respectiva carreira deles. Paramore tem uma turnê em teatros pelos EUA agendada para começar em 27 de Abril em Augusta – GA.)
(Chuck Crisafulli é um jornalista que reside em L.A., e autor de trabalhos mais recentes que incluem “Vá Para O Inferno: Uma História Aquecida do Submundo”, “Eu E Um Cara Chamado Elvis” e “Elvis: Meu Melhor Parceiro”).
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“Acabamos descobrindo que qualquer coisa com a qual nos sentimos conectados é, absolutamente, Paramore” essa é para os chatinhos que ficam naquela de “o Paramore não é como antes e bla bla bla”. Não há novo ou velho Paramore, há apenas Paramore.