E vamos de VÍDEO LEGENDADO!
Em nova entrevista para a Beats 1, Hayley Williams encontra-se com Zane Lowe para falar sobre vários momentos íntimos de sua vida, desde a decisão de pausa do Paramore — que ocorreu durante as gravações do videoclipe de Rose-Colored Boy —, até os eventos que se sucederam em 2019, durante a elaboração de Petals For Armor.

A cantora fala ainda sobre suas sessões intensas de terapia e em como ela precisou olhar para o passado, revisitando acontecimentos como o divórcio de seus pais:

Eu tive que passar por uma terapia intensa e isso me forçou a me perguntar muitas coisas, inclusive para minha mãe, sobre acontecimentos marcantes em nossas vidas. Eu era muito jovem para entender o por que de ter que fazer ‘isso’ e ‘aquilo’.

Hayley também relata sobre como o seu cachorro Alf foi importante para poder seguir adiante, em seus momentos mais difíceis com a depressão:

Durante After Laughter foi um momento bem difícil e meu cachorro é a razão por eu estar viva, porque ele me esperaria chegar em casa, não importasse o motivo. E você sabe… um cachorrinho fofo sentado te esperando… eu não podia pensar nisso… — nossa, nunca chorei numa entrevista antes! — Sim, eu simplesmente não podia. Estou orgulhosa, porque a vida ainda é difícil. Não se tornou moleza da noite pro dia. Já faz anos e ainda não é moleza. Mas é tão rico e agora que eu estou levando em conta todos os esses sentimentos e estou sentindo todos eles, há um lindo arco-íris contra o fundo do poço.

A descoberta da feminilidade e do amor próprio foi um importante passo na recuperação da cantora. Ela conta à Zane Lowe como foi o processo:

[…] me pediram para eu me ver durante esse período de tempo que eu estava passando na minha memória. Foram aos, provavelmente, quatro ou cinco anos… e me pediram para eu segurá-la. Você não pensa nessa pessoa como você mesma. No início você pensa que é uma criança inocente que não merece crescer nesse mundo de merda. E aí você começa a perceber o poder, a cuidar e a proteger… […] Agora eu penso que na verdade é inato em todas nós. Não acho que você tem que ser mãe, sabe? Ou até mesmo uma mulher. Eu acho que é inato em todas nós o ato de cuidar. E é aprender a cuidar de nós mesmas que é tão difícil.

Hayley dá continuidade ao que é feminilidade para ela e comenta sobre a cena de “Simmer”, onde ela aparece com argila em todo o seu corpo, e o livro “Mulheres que correm com os lobos“, de Clarissa Pinkola Estés:

Eu continuava a pensar o que era ser feminina. E para mim isso é: mãos na terra pegando a argila e se cobrindo com ela. Eu não sei exatamente o por quê… eu li um livro chamado “Mulheres que correm com os lobos”, ele é ancestral, é brilhante, e vem de histórias primitivas que são repassadas desde sempre. Foi muito inspirador para mim.

Confira abaixo a entrevista completa e legendada pela nossa equipe!

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