Confira abaixo a tradução da entrevista do Paramore para a revista norte-americana Office Magazine, em que a banda fala sobre o reencontro pessoal de cada um, bem como o reconhecimento da amizade do trio como a “estrutura sólida” de um lar; fotos por Danielle Levitt.

Um Tipo de Volta para Casa: Paramore

“Um ‘pico’ implica um vale. Como o estereótipo adolescente diz, para aqueles que ‘atingiram o ápice’ no ensino médio – seja com popularidade, poder ou cabelo -, tudo desaparece depois do baile de formatura. Alguns, no entanto, estão fora desse estereótipo. Apesar de serem poucos e distantes entre si, eles encontram o caminho a partir do sucesso da juventude e do poder através da primeira fase da vida adulta, saindo dos seus altos e baixos inerentes para descobrirem novos picos com a idade. Alcançar qualquer coisa, apesar da vida adulta, é uma jornada de auto realização, de assumir e ocupar espaços, e experimentar as dores de crescimento que evitamos como adolescentes. E fazer isso com sucesso sob os holofotes, com o mundo assistindo, é quase impensável – assistimos a novelas de estrelas infantis chegando ao fundo do poço diariamente. Mas esta história é sobre os excepcionais, os que perseveraram.

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Em uma tarde do início de dezembro, sentei em uma cadeira de jardim com as pernas cruzadas, diante de um trio de músicos com quem também sentia ter algum tipo de relação. Mesmo que, por mais de quinze anos, houvesse tantos graus de separação entre nós quanto entre uma pré-adolescente e uma estação de rádio. No entanto, no último ano, tive a honra de fazer amizade, amar e entender os indivíduos complexos que compõem a banda Paramore.

Hayley Williams, Zac Farro e Taylor York, de Franklin, Tennessee – os três membros que compõem o grupo hoje, cada um dos quais parte de alguma faceta da banda desde sua inseminação em 2004, embora York não tenha se tornado um membro oficial até 2007 – não são estranhos a provações e tribulações. Mas, hoje, apenas alguns dias depois da morte de Christine McVie, enquanto tomamos chá no East Side de Los Angeles, Williams me lembra da observação de Zane Lowe sobre o fato de que, não muito diferente de Fleetwood Mac, esses três também tiveram que enfrentar problemas românticos, obstáculos familiares e profundamente pessoais na frente de um público ávido e faminto – que, eu gostaria de acrescentar, estava armado com informações nascidas na Internet, tão frágeis e cheias de buracos quanto uma gaze. “Cerca de 5% da nossa Wikipedia é precisa”, brinca Williams com um sutil sotaque sulista, revirando os olhos.

Claro, a (verdadeira) história do passado é importante. Ela fornece contexto e, neste caso, está repleta não apenas de dramas e relacionamentos rompidos e reparados como um Kintsugi [arte japonesa de reparar uma cerâmica quebrada com laca espanada ou misturada com pó de ouro, prata ou platina], além de grandes sucessos e uma história incrível de adolescentes saindo de um grupo religioso de uma pequena cidade para conquistar o título de realezas do pop-punk.

Mas o passado também é simplesmente o passado. E ao contrário de muitos outros que se encontraram no sucesso, com o Paramore, é no futuro – ou melhor, o presente – que reside seu poder e propósito. Este fato é comprovado sem sombra de dúvida com seu último álbum – This is Why – o primeiro projeto do Paramore após uma pausa de quatro anos, durante os quais eles vivenciaram a pandemia e os protestos de suas casas em Nashville. É funky, é politicamente carregado e é diferente. Cada faixa é encharcada com o som e a sensação de artistas – e humanos – que amadureceram, que fizeram uma pausa para ganhar confiança e uma nova perspectiva. E embora seja diferente de tudo que o Paramore já nos apresentou, parece inerentemente certo. Muitos de nós seguiremos nossos antigos eus até os portões da insanidade, tentando fazer a mesma coisa repetidamente, esperando resultados diferentes, esperando a validação que recebemos no passado. Isso funcionou uma vez, deve funcionar novamente. Mas o mundo continua girando, envelhecemos e, como Eckhart Tolle disse a Oprah: “Devemos evoluir ou morrer”. This is Why é a culminação desse sentimento, uma celebração de quem são esses artistas e quem é seu público hoje.

Posso dizer que há uma relação bastante específica e única entre vocês três. Vocês fizeram pausas como Paramore, mas vocês se conhecem e estão conectados de alguma forma, por toda a vida. E vocês estão juntos novamente. No set, ouvi Hayley dizer: “Taylor e eu pensamos muito em desgraça, mas Zac nos faz rir”. Estou curiosa sobre a dinâmica que vocês tiveram nos últimos vinte anos. 

Hayley Williams — Eu realmente amo nossas amizades. Elas são muito raros para mim e acordo todos os dias muito grata, porque houve momentos em que não tínhamos isso e pensei que estava muito mais longe deles do que estava. O contexto de crescer juntos ajuda muito em tudo. Houve um tempo em que Taylor e eu éramos as únicas pessoas na banda, e sinto que fizemos um bom trabalho em manter o trem andando. É a forma como trabalhamos, mas ficamos realmente esotéricos diante de merdas, de uma forma que pode ser desnecessária às vezes. Sou muito sensível às coisas obscuras, e não há nada de errado nisso, mas é melhor quando você tem um contrapeso para ajudar. E Zac tem essa energia – ele é um conector e adora unir as pessoas. Ele é a razão pela qual eu e Taylor nos conhecemos, o que diz tudo. Então, quando ele voltou para a banda, percebemos o quanto precisávamos e sentimos falta disso. Esse [equilíbrio] é como nos damos bem, como nos comunicamos e cria a dinâmica que temos agora e também tivemos nos primeiros dias.

Zac Farro — E não é apenas sobre como estruturamos nós três, é também sobre como Hayley estruturou o lado comercial disso. Taylor e eu entramos e ajudamos ao lado dela, mas a gente aprende mesmo. Acho que falo por nós dois quando digo que não há muitas pessoas que admiramos mais do que Hayley – bem, menosprezamos fisicamente [risos]. E não é uma estrutura de cima para baixo, ela a atravessa. Nós três somos como a árvore, mas os galhos seguem o mesmo princípio, incluindo nossa equipe, nosso gerente de turnê, Andrew, Brian, toda a banda.

Você já chamou a banda de sua “base” antes, o que parece adequado a esse conceito.

HW— Com certeza. Eu estava pensando nisso outro dia, durante a turnê de outono nós tocamos uma música mais antiga e lenta do set de Brand New Eyes, chamada “Misguided Ghosts”. Algo acontece quando você canta uma música tantas vezes, você esquece do que as palavras se tratam. Mas eu pude me afastar uma noite, e tive um momento em que realmente ouvi o que estava cantando. A música diz, “Vou me afastar por um tempo, mas vou voltar, não tente me seguir… preciso encontrar algo que possa não necessariamente ser muito seguro, mas preciso encontrar algo novo.” Na música eu ouvi esse senso familiar de querer fugir da banda, algo que Zac experimentou quando tomou a decisão de se afastar fisicamente do Paramore para lidar com coisas em sua própria vida e família, além da banda. Para mim, naquele momento da minha vida, eu estava em um relacionamento que não era inteligente para mim. Eu fiquei imersa naquele mundo por dez anos, e me afastei emocionalmente de Taylor e Zac como amigos. Por muitas razões, estávamos todos à beira de atacar um ao outro, e não estávamos sendo bons amigos uns com os outros. Mas, enquanto esse relacionamento em que eu estava ia acabando, eu me encontrava de novo na banda, na mesma época em que Zac também estava voltando para o Paramore. Ainda me sinto muito grata por eles serem amigos assim – pessoas que dão segundas chances. Há espaço para a graça nos relacionamentos que temos. Todos nós tivemos momentos em que realmente não éramos nós mesmos. Não estávamos tomando decisões saudáveis, e isso estava afetando nossas amizades, mas é muito bom quando você tem uma família escolhida legítima.

ZF — Nós não sabíamos como dar espaço uns aos outros para crescermos quando éramos crianças. E somos absolutamente uma família – você sabe, essa é nossa maldita banda de garagem! E crescemos nela, juntos, na frente das pessoas.

Família escolhida ou de sangue, lar ou “estrutura da casa”, tudo isso pode ser inerentemente tumultuado e emocional. É apenas como você lida com os obstáculos que definem um ambiente. Mas, ao longo dos anos, parece que vocês concluíram o trabalho, voltando juntos, como um trio. Podemos realmente ouvir isso na música dos últimos dois álbuns. Há mais vulnerabilidade e mais honestidade. Talvez isso tenha a ver com o equilíbrio que vocês mencionam ter entre vocês três também?

HW – Eu definitivamente senti, como a única mulher na banda, que quando eu era mais nova, as coisas que eu fazia, ou quaisquer equívocos, se destacavam muito. E quando éramos mais jovens, a estrada era louca e nós não tínhamos realmente uma base de confiança – então se tornar uma banda de sucesso parecia ser demais às vezes. Agora que há uma base sólida e que somos adultos, estamos escolhendo investir nesses relacionamentos repetidamente, e criar espaço para cometer um erro ou dizer a coisa errada e dizer: “Oh não, isso não é o que eu quero dizer. Estou apenas descobrindo algo.” Esse espaço não existia antes. E quando alguém vê quem você realmente é e não se afasta, isso o liberta para novas coisas.

Parece que muitos grupos ou artistas que se tornaram famosos jovens, que não chegaram a um ponto em que pudessem ser honestos e vulneráveis em sua arte, agora estão apenas falando publicamente sobre como tudo é doloroso.

HW – Honestamente, eu estava contando a Zane Lowe coisas pelas quais passamos, coisas que talvez estivéssemos passando no momento – e ele simplesmente disse: “Oh meu Deus, vocês são piores que o Fleetwood Mac.” Esse grupo, literalmente, era um grupo de amigos que estava consistentemente tentando descobrir o que fazer e falhando na frente do mundo. Tanto os relacionamentos românticos quanto os platônicos, e tudo é difícil. Deixando a banda de lado, é difícil se aproximar das pessoas, de modo geral.

Mas é aí que a honestidade na própria música entra, ela muda a história. Essa narrativa que as pessoas  criam, toda de fantasia e drama, é interrompida.

HW – Totalmente. Isso é um ótimo ponto. É sobre ter um momento vulnerável, se firmar e saber por que você faz algo. Qual é a sua razão para fazê-lo? Qual é o seu “porquê”? E nada irá bagunçar sua perspectiva do “porquê” mais do que o sucesso. O sucesso pode ser um aditivo muito venenoso para essa coisa incrível que você está criando, e também pode ser o tipo de oportunidade que permite que você continue fazendo o que você gosta, então o equilíbrio disso é realmente complicado.

Quando você percebeu que tinha um lado negativo?

HW – Literalmente, talvez antes mesmo de Riot! ser lançado. Tínhamos feito tanta divulgação que em 2007, antes do verão, estávamos em turnê, a família de Zac estava tendo problemas, e todos nós estávamos cansados. Voávamos, terminávamos a Warped Tour para voar para Nova York para fazer shows promocionais e coisas de lançamento, e depois voltávamos. Foi estranho porque eram todas coisas que nunca teríamos imaginado que aconteceriam conosco, e não podíamos realmente aproveitar. Parecia falso. É como se você quisesse ficar animada com essa coisa que todos que estão em uma banda sonharam em algum momento, e você vê isso bem na sua frente, e nem sabe como aceitar porque você está apenas tipo, “Bem, não sei se me sinto bem em comemorar porque não estamos realmente indo bem”.

Falando de sucesso, chegar a um ponto em que você é bem-sucedido e mudar de direção, seguir sua intuição, em vez das linhas estreitas de um gênero, é o verdadeiro desafio. Para o novo álbum, embora vocês ainda sejam muito o Paramore, parece que houve uma mudança real – nas estéticas, no som, nas letras e nos assuntos. É um risco.

Taylor York — É muito louco porque tenho muitos sentimentos sobre isso. Eu sei exatamente em meu corpo o que quero dizer, mas é muito difícil colocar em palavras, porque acho que para nós, raramente terminamos uma música na qual realmente não acreditamos. É muito raro que tenhamos até mesmo músicas “lados B”. E embora não seja uma necessidade, é como se também não soubéssemos outra maneira de operar. Se não é orgânico ou uma nova sensação, é como se não soubéssemos simplesmente lidar com isso. Acho que, às vezes, os fãs ou as pessoas pensam que estamos fazendo algo de propósito para mudar de direção e sermos diferentes. Nunca estamos tentando nos ‘rebrandear’. É literalmente apenas o que sai. É só isso. E edepois disso, esperamos que as pessoas estejam prontas para embarcar na jornada. Para o After Laughter, não estávamos tipo, “Ei, vamos fazer algo menos agressivo e mais pop e limpo”. Isso nunca foi a intenção. Apenas aconteceu, e somos muito sortudos que muitas pessoas tenham embarcado nessa jornada conosco.

HW — Somos muito gratos, porque não temos o benefício de estar fora da bolha o suficiente para ter a perspectiva de como é experimentar a banda mudando de direção. Estamos dentro da bolha de tudo isso, e quando ela se move, nos movemos com ela. Fico feliz que este álbum tenha coisas mais ásperas e funk, e que também tenha “dentes”. Ainda estamos aprendendo como adicionar todas as cores que adquirimos à nossa paleta e tentando descobrir como usar tudo isso ao mesmo tempo. Não acho que você seja possível fazer isso de propósito – o que pode ser frustrante. As coisas têm apenas que acontecer.

Bem, muitas pessoas tentam fazer isso, e acaba sendo prejudicial para elas. Parece que vocês criaram algo que todos se importam e que representa quem vocês se tornaram ao longo dos anos, em vez de quem eram, e deixaram que isso se desenrolasse naturalmente. Eu digo que isso é raro. Também parece que vocês estão aprofundando mais sobre as direções do mundo. Eu não acho que já tenhamos ouvido referências tão fortes à política em seu trabalho antes.

HW – Certo. Todos nós passamos pela pandemia juntos como pessoas, como mundo. É uma coisa horrível de acontecer, mas acho que foi um grande nivelador, algo que finalmente colocou todo mundo diante das mesmas coisas. Minha experiência foi muito de perceber “estamos em casa”. Não estamos em turnê sendo tratados com um tipo muito específico de respeito e adoração. Estamos apenas sendo uma família, sendo pessoas e cidadãos, e acho que nós, como adultos, realmente precisávamos disso. Não apenas para termos uma pausa da indústria, mas também um momento sóbrio sobre o mundo em que vivemos e o lugar de onde viemos, e nossa parte que faz com que valha a pena estar vivo. É um mundo de merda, cara. Mas acho que, ao mesmo tempo em que as pessoas são a coisa que o torna um inferno, também somos a única esperança de que ele dê a volta por cima em algum momento – então, para mim, nossa pausa foi sobre isso, e sobre como a pausa influenciou o que fizemos. Simplesmente não há como escapar de ter que pensar sobre as coisas de múltiplos pontos de vista agora. Você tem que pensar sobre por que está fazendo merda, e para quem está fazendo isso – e isso, para mim, nos dá muito mais propósito do que tínhamos antes.

TY – Nunca fomos totalmente políticos, mas acho que desde que o Trump foi eleito, e especialmente durante a pandemia, a maioria do nosso país se tornou inserido na política. Sempre tivemos essa posição de “Não, não queremos ser uma banda política”, mas isso começou a mudar. No começo, quando ouvimos algumas das letras políticas da Hayley para “This Is Why”, ficamos um pouco tipo: “Oh, uau, então estamos fazendo isso agora?” Foi um pouco desconfortável, porque era novo. Estávamos falando sobre política o tempo todo com amigos, então não é como se não fôssemos apaixonados por isso, mas era uma coisa nova, se voltar para o exterior. No geral, tem sido algo realmente ótimo, bonito e um processo de crescimento para nós experimentarmos tudo isso. E sempre que conseguimos experimentar coisas novas juntos, especialmente como uma banda, é realmente especial. Não apenas somos apaixonados por este álbum como uma obra de arte, mas esperamos que, concordem ou não com ele, ele desperte pensamentos e desafie as pessoas, se elas se sentirem vistas ou se isso as deixar com raiva. Seja o que for, está aqui para despertar emoções, e isso é uma coisa tão legal de se fazer parte.

ZF – Devido a como fomos criados, durante toda a nossa vida, nos ensinaram a fingir que você é uma pessoa perfeita. Se você tivesse alguma opinião, preferiria fingir para evitar ser envergonhado. Para mim, aprendi com a família e na igreja que, mesmo se você estivesse se sentindo mal, você deveria responder tipo “estou bem. E você?”. Não era aceitável ser um humano normal. Isso nos foi ensinado. Então, acho que isso é algo enorme que estamos desaprendendo, e encontramos o melhor veículo para isso através da música.

TY – Queremos sempre ser um lugar inclusivo. Queremos criar um ambiente inclusivo e acho que, junto com isso, há esse medo de que se você disser algo que não é completamente universal – e eu nem sei se isso existe mais – de repente, você está alienando pessoas, ofendendo pessoas e, em seguida, sobre o ponto de Zac, você sente que está fazendo algo errado como pessoa. Não deveria ser assim, e acho que saber disso não apenas é aceitável, como também uma indicação de que você está realmente dizendo algo importante.

ZF – É sobre viver uma vida autêntica. Mesmo que as pessoas não expressem verbalmente suas opiniões, todos temos opiniões. Mas acho que fazer isso, tendo essa plataforma, definitivamente, sentimos que era mais arriscado no começo. Mas agora, isso nos parece muito libertador.

HW – Todo mundo sente o que realmente sente e é importante falar sobre essas coisas. Mas, ao mesmo tempo, você simplesmente não sabe o que vai receber de volta depois de fazer isso. Eu fiquei mais vocal durante a pandemia, especialmente depois que George Floyd foi assassinado, e a maneira como a maioria do país respondeu de forma quase apática. Eu fiquei muito brava com isso e meio que parei de me importar se as pessoas não gostavam do que eu sentia sobre certas coisas.

Então, fazer um álbum como esse é controlar sua narrativa. Você está dizendo o que quer dizer, e as pessoas vão ter opiniões. Seja de apoio ou de raiva, você disse o que queria. Independentemente de qualquer fofoca sobre Paramore que vazar na internet, isso deve trazer coisas mais importantes à tona. Isso parece importante.

HW— Você não pode fazer as pessoas se sentirem da mesma maneira que você, como você colocou aquele sentimento e a intenção. E o que tenho percebido cada vez mais, à medida que fazemos isso, é que somos sortudos apenas por ter pessoas que entendam isso.

Se vocês tivessem uma declaração de missão como banda, qual seria?

HW— Oh, caramba. Lembra quando falamos sobre isso quando éramos crianças? Foi há muito tempo… Mas vou tentar resumir, para hoje: estamos tentando cuidar melhor de nós mesmos e uns dos outros, e também estamos tentando descobrir como usar a energia e os momentos que temos para fazer com que isso signifique algo mais do que apenas um salário ou um prêmio. Adoramos trazer pessoas e criar um ambiente seguro e alegre, como um abrigo, quase. Isso é o que Paramore tem sido para nós ao longo de grande parte de nossas vidas, mesmo que tenha nos causado dor também. E acho que agora que estamos lidando melhor com isso, nosso objetivo é torná-lo mais do que apenas sobre nós, porque isso nos deixará vazios no final do dia.

TY – Foram nossos fãs que realmente criaram essa comunidade incrível, este lugar inclusivo e lindo. Para nós, é sobre como podemos continuar a promover isso, permitindo que as pessoas tenham um momento em que possam estar presentes e deixar os problemas irem. Onde elas se sintam unificadas, sem ter qualquer tipo de ligação com uma religião ou qualquer outra coisa, apenas para ser o que as pessoas precisam agora. Nunca foi sobre nós pessoalmente darmos às pessoas o que elas precisam. É que, de alguma forma, a nossa arte encontra o caminho para as pessoas, e isso acontece sem nem mesmo estarmos lá. É uma coisa muito bonita.

Tradução: Matheus Pacheco e Larissa Stocco, equipe Paramore Brasil.

Paramore Brasil
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