A edição de Setembro da DIY Magazine, publicação inglesa dedicada à música alternativa, traz uma review interessante sobre o show do Paramore no Reading Festival 2014, problemas técnicos, superação, e mais.
Abaixo você pode conferir a revista diretamente online, e a seguir, a tradução do conteúdo, em primeira mão:
Dois shows, centenas de milhares de pessoas, o Reading & Leeds pode até marcar o fim do verão, mas com uma carga cheia de bandas incríveis, a temporada do festival de 2014 vai embora com estilo.
A luz é cortada. Paramore conquista ‘espíritos técnicos do mal’ no espaço da atração principal colaborada que ocupam.
Paramore reina vitorioso
Demanda um certo esforço olhar nos olhos do posto de uma atração principal do festival Reading e mesmo assim continuar marchando de encontro a ele. Mas demanda um completo outro nível de esforço quando você é colocado cara-a-cara com problemas que estão fora de seu controle, no meio do show, e ainda assim você sai dessa sorrindo. Para qualquer um que tenha dúvidas de que o Paramore não era a banda correta para esse trabalho, o show daquela noite já é o bastante para os silenciar.
Na maior parte do tempo, seu show de 75 minutos foi contínuo e habilidoso. Saltando pelo palco como ninguém, Hayley Williams é a insaciável bola de energia que os fãs têm conhecido e amado. Seu cabelo turquesa sacode enquanto ela salta de um lado para o outro, não deixando dúvidas de suas habilidades como vocalista, como líder. Desde a pop “Still Into You” até a ameaçadora “Ignorance” o poder dela não conhece limites. Eles são hipnotizantes de se ver no palco.
Mas então, veio a primeira onda de problemas técnicos. Parecia que todos os técnicos haviam cortado o set justamente durante uma faixa do Brand New Eyes, mas no entanto — e um pouco alegremente inconscientes do que acontecia — o trio continuou imperturbável. Voltando à vida, eles conseguiram passar por mais duas músicas sem problemas, mas tão repentinamente quanto havia voltado, a energia foi cortada novamente.
Os próximos minutos foram, sem dúvidas, um pouco confusos — incluindo a aparição momentânea do organizador do festival, Melvin Benn, no palco — mas enquanto isso Williams reunia seus colegas de banda para que se sentassem na ponta do palco, antes que eles decidissem que tocariam “The Only Exception” à capella, transformando o que poderia ter sido um desastre em um momento íntimo com o qual muitas bandas não ousariam sonhar.
Reconectados e de volta à toda a velocidade, “Last Hope” foi intoxicante, “Let The Flames Begin” poderosa, e sua mais nova extensão, “Part II”, incendiária. Com Williams silhuetada contra sua parede de luzes, de joelhos no meio do palco, seus colegas de banda batendo em grandes tambores em ambos os lados dela, eles evocaram uma potente intensidade juntos.
Com “Ain’t It Fun” eles dançaram como se ninguém estivesse olhando. Se essa noite era sobre ganhar o público do Reading Festival, o Paramore saiu vitorioso.
“CONFETE É A NOSSA MUNIÇÃO!”
“É incrível estarmos tocando com o Queens Of The Stone Age”, diz Williams com entusiasmo, falando sobre o show do Paramore no Reading Festival, que virá a seguir; “é muito legal. Há várias bandas super legais que estão nesse festival, e eu de fato não acredito que nos encaixemos com elas, mas é disso que eu gosto. Gosto do fato de que não estamos junto às bandas que tipicamente estão à nossa volta, tocando conosco.”
No meio do sanduíche composto por Vampire Weekend e Queens Of The Stone Age, é uma mistura eclética que não se perdeu com eles. “É muito legal”, adiciona o guitarrista Taylor York. “Parece que a percepção que as pessoas têm de nós está começando a mudar aos olhos delas, e isso é demais.”
Atualmente recém saídos de uma turnê gigante por todo o EUA ao lado de Fall Out Boy, a banda está no pico de seu poder, trazendo na manga sua maior produção até então.
“Trouxemos muitas coisas da Monumentour conosco — a produção, a iluminação”, explica o baixista Jeremy Davis, “que inclusive é a maior que já tivemos para um show aqui, o que é incrível.” “Dentre todas as produções que já tivemos, é a minha favorita”, adiciona Williams, antes que Davis continue: “Demais. Temos muito confete… temos confete até demais! As pessoas da limpeza devem estar nos odiando, tipo ‘Nunca mais trabalho em um show do Paramore!'”
“Confete é a nossa munição!”, ri Williams. “É a marca que deixamos em cada casa de shows e cidade. Sei que muitas bandas fazem isso, mas a cada turnê nós tentamos fazer mais e mais.” “E agora temos muito mais do que o que estamos usando na Monumentour!”, ri Davis. “Trouxemos mais que o dobro, quase o triplo, para este show, pois há tanta gente aqui, que queremos que pareça estar nevando.”
Quanto ao que eles esperam alcançar com o show — tirando a parte de uma dura faxina — as intenções deles são de simplesmente convidar alguns novos fãs para se juntarem à família. “Esperamos que seja legal,” conclui Williams, “pois os fãs que nunca nos viram, que estão aqui para ver outras bandas, ou os que vieram ver outra banda em particular, ficarão surpresos. Acho que isso é o que mais gosto sobre estar nessa banda: ouvimos muita gente nos dizer que somos melhores ao vivo do que nos CDs, e isso é o maior elogio que alguém poderia nos dar um dia, pois trabalhamos muito duro para fazer um bom show. Esperamos surpreender algumas pessoas, além de deixá-las empolgadas e expandirmos nossa comunidade para mantermos as coisas indo.”
Setlist:
- Still Into You
- That’s What You Get
- For A Pessimist, I’m Pretty Optimistic
- Ignorance
- Pressure
- Decode
- The Only Exception
- Brick By Boring Brick
- Misery Business
- Let The Flames Begin
- Part II
- Proof
- Ain’t It Fun